A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu, nesta segunda-feira (2), o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional no governo Jair Bolsonaro, como a última testemunha de defesa do “núcleo 1” da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Com a oitiva de Marinho, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deve abrir prazo de cinco dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e os advogados de defesa solicitem novas diligências, como perícias ou acareações. Após essa fase, o STF poderá iniciar os interrogatórios dos réus.
A investigação aponta que Bolsonaro teria liderado uma organização criminosa com o objetivo de se manter ilegalmente no poder após a derrota nas eleições de 2022. Os envolvidos respondem por crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Entre os 51 depoimentos já colhidos, aliados como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o senador Hamilton Mourão e o senador Ciro Nogueira afirmaram que Bolsonaro estava abatido com o resultado das eleições, mas disposto a entregar o cargo. Já os ex-comandantes Freire Gomes e Baptista Júnior confirmaram discussões sobre decretar medidas de exceção e impedir a posse de Lula.
Em depoimento na última quinta-feira 29, o ex-advogado-geral da União, Bruno Bianco, relatou que Bolsonaro chegou a perguntar se havia alguma alternativa jurídica para reverter o resultado eleitoral, durante uma reunião com os comandantes das Forças Armadas e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
Agora RN