Oferecimento:

Logo 96FM

som+conteúdo

1920x350px.gif

Segurança

Quem removeu corpos não queria perícia, diz procurador

FireShot Capture 347 - Quem removeu corpos não queria perícia, diz procurador_ - [oantagonista.com.br].png

Helio Telho, procurador do Ministério Público Federal de Goiás, e Helena Chagas, ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) no governo de Dilma Rousseff, protagonizaram no X uma discussão sobre os motivos que levaram moradores e ativistas a removerem da mata os corpos dos mortos na megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho na terça, 28. Com informações do O antagonista.

Ao rebater a ex-ministra de Dilma, o procurador afirmou que quem removeu os corpos não queria perícia.

Helena Chagas: “Moradores retiraram corpos da mata pq quem deveria fazê-lo, o poder público, não o fez. Aí, em meio a imagens horripilantes dos cadáveres na rua, o secretário de (in)Segurança aponta ‘fraude’ pq tiraram as roupas camufladas dos mortos. Vem o governador e diz que todo mundo era bandido, e q a operação q resultou no morticínio (121) foi um ‘sucesso’. Era tudo gente, q tem mãe, pai, mulher, filhos. Muitos mereciam passar o resto da vida na cadeia. Outros, certamente q não. Todos mereciam prisão e julgamento. Morrer fuzilado ninguém merecia.”

Helio Telho: “Quem foi fuzilado e quem foi morto tentando matar polícia? Não saberemos. Removeram os corpos dos locais das mortes antes da perícia chegar e fazer o seu trabalho. Quem removeu os corpos não queria que as circunstâncias das mortes fossem periciadas.“

Hebert Freitas, que se identifica como “criminalista e criador do Síntese Criminal” no X, interferiu:

“‘Antes da perícia chegar e fazer o seu trabalho’. Pô, Helio. Me ajuda aí. Você acha mesmo que a polícia ia voltar ao epicentro do confronto pra fazer perícia?

Faz operação e deixa corpos. Depois, faz outra operação para acessar o local e realizar as perícias dos corpos deixados da outra vez?”

Ao criminalista, o procurador Helio Telho respondeu:

“Essa é a obrigação legal e dever funcional da polícia. Aliás, o Supremo determinou, na ADPF das favelas, que, diante de mortes resultantes dessas operações, o local deve ser preservado imediatamente, a cena não pode sofrer alterações, e a perícia técnica tem que ser garantida e documentada de forma completa, com participação do Ministério Público. A remoção dos cadáveres é de responsabilidade exclusiva da Polícia Técnica, após documentação detalhada, garantindo o registro das condições originais do local e dos corpos.

– O laudo pericial deve ser concluído no prazo máximo de 10 dias após o incidente.

– Foi determinado que toda morte por intervenção policial deve ser objeto de autópsia obrigatória.”

O governo do Rio de Janeiro confirmou 121 mortos na Operação Contenção, sendo quatro policiais e 117 suspeitos.

 

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado