O advogado Jeffrey Chiquini, defensor do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, que é um dos alvos da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado, voltou a criticar a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, nesta segunda-feira (20). As críticas foram feitas na porta do Supremo Tribunal Federal (STF). A matéria é de Manuela de Moura, do Metrópoles.
Chiquini é também o autor da ação popular que solicita explicações do governo sobre os gastos da socióloga em viagens oficiais.
A declaração foi dada no contexto do julgamento que ocorre nesta segunda-feira no STF, onde a Primeira Turma analisa se a Corte deve aceitar a denúncia da PGR contra os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, entre eles, o próprio Rodrigo Bezerra.
Em frente ao Supremo, Chiquini protestou contra o que considera um mau uso do dinheiro público.
“O dinheiro público, que é suado, o trabalhador sai cedo de ônibus para pagar impostos a um dinheiro suado que ela está torrando”, afirmou, referindo-se à Janja.
O advogado entrou com uma ação popular, com o vereador de Curitiba Guilherme Kilter (Novo-PR), para tentar barrar o uso de recursos públicos — incluindo até aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) — nas viagens internacionais de Janja.
Com isso, a 9ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF) deu um prazo de 20 dias para que o governo federal e a primeira-dama prestem esclarecimentos sobre os gastos públicos relacionados às viagens da companheira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Indignado, o advogado continuou: “O povo brasileiro não é palhaço. Chega dessa gente achar que é poderosa só porque tem um cargo público. Eles não são melhores que o povo”.
Kilter e Chiquini argumentaram que custear essas viagens com dinheiro público fere princípios constitucionais como legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência, já que Janja não ocupa cargo público formal.
“O poder vem do povo e essa gente tem que começar a respeitar o trabalhador”, afirmou o advogado, encerrando a fala com críticas ao que chamou de “arrogância das autoridades”.