Anunciada nesta quarta-feira (13/8) pelo governo Trump, a revogação dos vistos de autoridades brasileiras ligadas ao programa “Mais Médicos” foi um acerto de contas pessoal do secretário de Estado americano, Marco Rubio. A notícia é da coluna do Igor Gadelha, no Metrópoles.
Conforme a coluna antecipou mais cedo, Rubio já havia antecipado a lideranças bolsonaristas que uma nova leva de cancelamentos de vistos seria anunciada em breve e envolveria uma questão pessoal do secretário.
Rubio é filho de cubanos que imigraram para os Estados Unidos na década de 1950 e sempre se posicionou contra o regime ditatorial de Cuba. Nesse contexto, o secretário avalia que o Mais Médicos teria financiado o regime.
Segundo informações do Departamento de Estado, foram sancionados Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. Os dois integravam o Ministério da Saúde quando o programa foi implementado no Brasil.
Além disso, ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) também foram atingidos pela restrição, que os impede de entrar no país liderado por Donald Trump.
Até então, o governo dos Estados Unidos tinha oficializado a revogação de vistos apenas de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de seus familiares; entre eles, Alexandre de Moraes.
No caso de Moraes, além do visto cancelado, o ministro teve seu nome incluído pelo governo Trump na lista de alvos da Lei Magnitsky, que dificulta transações financeiras.