O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (27) que o grupo do setor de combustíveis, alvo da megaoperação Poço de Lobato por não pagar impostos, fraudava R$ 350 milhões por mês.
A noticia é do portal R7. “A gente constrói escolas no interior, com 12 a 15 salas de aula, com cerca de R$ 18 milhões. É como se impedíssemos a construção de 20 escolas por mês. Esse é o tamanho da fraude”, comparou o governador.
As investigações sobre dezenas de empresas do setor de combustíveis ligadas ao Grupo Refit, dono da antiga refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, apontam que o esquema já causou um prejuízo superior a R$ 26 bilhões em todo o país, valor referente a débitos inscritos em dívida ativa. Só aos cofres paulistas, o rombo chega a R$ 9,6 bilhões.
O promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) Alexandre Castilho, afirmou que a coleta de provas contra a sonegação fiscal foi um sucesso na operação.
Em seguida, o promotor disse que a quadrilha movimentava dinheiro dentro e fora do país. “Como esse país permite que um devedor contumaz atue de forma natural? [...] Por isso, a importância da necessidade de uma legislação que impeça esse tipo de atividade que corrói as bases da sociedade”, concluiu.
Os mandados são cumpridos no Distrito Federal e em outros cinco Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Maranhão.
Importadoras atuavam como laranjas, adquirindo do exterior nafta, hidrocarbonetos e diesel com recursos provenientes de formuladoras e distribuidoras vinculadas ao grupo. Entre 2020 e 2025, os investigados importaram R$ 32 bilhões em combustíveis.