Embora a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tenha formado maioria na tarde desta quinta-feira, 11, para condenar Jair Bolsonaro (PL) por cinco crimes, entre eles o de golpe de Estado, a prisão definitiva do ex-presidente não ocorre automaticamente. Bolsonaro, inclusive, já está cumprindo prisão domiciliar há mais de um mês. A informação é do Estadão.
O colegiado ainda precisa terminar de proferir os votos para entrar na parte do julgamento que faz a dosimetria, ou seja, determina quais serão as penas a serem cumpridas por cada condenado por cada um dos crimes cometidos. Isso deve ser feito nesta sexta-feira. Depois, começam a contar os prazos para recursos.
Caso seja decretado o início imediato do cumprimento da pena, o colegiado vai decidir se Bolsonaro continua em prisão domiciliar ou será transferido para a penitenciária da Papuda, em Brasília, ou ainda para uma cela especial da Polícia Federal.
No STF, a regra é que o condenado aguarde em liberdade o trânsito em julgado, quando todos os recursos disponíveis à defesa já foram esgotados. Mas, como Bolsonaro já está em prisão domiciliar, não faria sentido libertá-lo até a análise dos recursos.
No caso dos réus que não estão presos, eles podem recorrer em liberdade até a análise de todos os recursos, exceto se for decretada uma prisão provisória para evitar fuga, por exemplo.
Depois do trânsito em julgado, a prisão depende da pena fixada. Se for de até quatro anos, o regime de cumprimento da pena é inicialmente aberto, em que é imposto o recolhimento noturno, normalmente no domicílio.
De quatro a oito anos, o regime aplicado é o semiaberto, em que a pessoa dorme na penitenciária. Quando a condenação ultrapassa oito anos, o condenado fica em regime inicial fechado.