O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta quinta-feira (11), que os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 não foram “um passeio na Disney” e nem uma “combustão espontânea”. Com informações do Metrópoles.
“Como disse no primeiro julgamento, lá em 2023, não foi um domingo no parque, não foi um passeio na Disney, foi uma tentativa de golpe de Estado. Não foi combustão espontânea, não foram baderneiros descoordenados, que ao som do flautista, todos fizeram fila e destruíram a sede dos Três Poderes. Foi uma organização criminosa”, reiterou Moraes.
Durante voto da ministra Cármen Lúcia no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por tentativa de golpe de Estado contra a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, Moraes pediu a palavra para fazer ponderações.
Sem citar Luiz Fux, que divergiu dos demais colegas, Alexandre de Moraes afirmou que não há como negar crime de organização criminosa.
“Essa organização criminosa queria calar o judiciário, o sistema de freios e contrafeitos. O Estado Democrático de Direito, e, ao mesmo tempo, se perpetuar no poder. Se para isso precisasse matar um ministro do Supremo Tribunal Federal, envenenar um presidente da República, praticar peculato utilizando os poderes do Estado, são crimes interminados, crimes para chegar ao seu objetivo antigo”, ponderou.