Oferecimento:

Logo 96FM

som+conteúdo

1920x350px.gif

Política

Cármen diz que há "prova cabal" de que Bolsonaro e aliados tentaram impedir alternância de poder

Cármen Lúcia | Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES

A Primeira Turma do STF retomou na tarde desta quinta-feira (11) o julgamento de Bolsonaro e outros sete aliados acusados de participação em uma trama golpista. A sessão começou com o voto da ministra Cármen Lúcia. A informação é do Metrópoles.

“O 8 de Janeiro não foi um acontecimento banal”, afirmou a ministra. A magistrada começou com as questões preliminares reclamadas pelas defesas dos réus. Ela rejeitou a preliminar que tratava sobre a incompetência do STF em julgar a ação penal, sobre a nulidade do processo e a sobre o cerceamento de defesa elencado por parte das defesas. Também reconheceu a validade da delação de Mauro Cid. Com isso, já há maioria na Turma para rejeitar essas preliminares.

“Prova cabal”

Ao votar o mérito, a ministra adiantou que vê provas dos crimes dos réus contra as instituições democráticas: “A procuradoria afirmou, e acho que já antecipo, fez prova cabal de que o grupo, liderado por Jair Messias Bolsonaro, composto por figuras-chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas, com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022, minaram o livre exercício dos demais poderes constitucionais”.

“O que há de inédito nessa ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro, na área de políticas públicas e órgãos de estado”, disse a ministra, logo no início de seu voto.

O placar geral do julgamento está em 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro. Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram a favor da condenação de todos os acusados, enquanto Luiz Fux divergiu e absolveu a maior parte dos réus, incluindo o ex-presidente. Nesta quinta-feira, após Cármen Lúcia, quem vota é o presidente da Turma, Cristiano Zanin.

A condenação depende de maioria simples, ou seja, três dos cinco votos. Se Cármen Lúcia se alinhar a Moraes e Dino, a maioria já estará formada, independentemente da posição de Zanin. A mesma regra vale para a absolvição de Bolsonaro, que segue em aberto, diante da configuração do placar.

A expectativa é que os votos da magistrada e de Zanin se alinhem a Moraes e Dino, fechando o resultado em 4 a 1 contra Bolsonaro e a maioria dos demais réus.

Mesmo em caso de maioria formada pela condenação, o julgamento não se encerra nesta quinta. A fase de dosimetria, que define as penas de cada réu, deve ocorrer apenas na sessão desta sexta (12).

Veja também:

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado