O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo (12) que o fato de o presidente dos Estados Unidos ter escolhido o secretário de Estado Marco Rubio para ser o principal porta-voz nas negociações pela redução das tarifas não causa prejuízo ao pleito do Brasil.
A informação é do portal R7. Marco Rubio já desmarcou reuniões com autoridades brasileiras para se encontrar com o deputado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos e defende a imposição das tarifas e outras sanções devido ao julgamento por tentativa de golpe do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Questionado sobre o impasse, contudo, Alckmin afirmou que “não acredita” que isso trará algum desafio ao governo brasileiro.
“Porque a orientação do presidente Trump foi muito clara: nós queremos fazer um diálogo e ter entendimento. E o Brasil sempre defendeu isso. O diálogo e a negociação. Podemos fazer um avanço importante. E já avançamos bastante”, declarou.
Alckmin listou, por exemplo, que a celulose saiu das tarifas, assim como a madeira serrada e macia que voltou para a tarifa de 10%. “Armário, sofá, móveis, estavam em 50% e foram para 25%. O que nós precisamos é avançar mais depressa”, confessou.
Ao comentar sobre a ligação de Trump ao presidente Lula, na última segunda-feira (6), Alckmin contou que o petista pediu para que, enquanto os países negociassem, a sobretaxa de 40% sobre os produtos brasileiros fosse retirada.
“O pedido do presidente Lula para o presidente Trump foi que enquanto a gente negocia, suspenda os 40% [de sobretaxa]. Esse foi o pleito. E aí a gente passa a um ganha- ganha”, contou.
Para Alckmin, o Brasil e os Estados Unidos têm muitas possibilidades de parceria. “Nós temos 4.000 empresas americanas no Brasil trabalhando, ganhando dinheiro, gerando emprego. O Brasil está entre as 10 maiores economias do mundo, é o sétimo país mais populoso do mundo, é o quinto e maior em extensão territorial. Então, tem muita oportunidade de parceria aqui”, reforçou.