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Segurança

Megaoperação 60 mortos e 81 presos: maior operação contra o CV no Rio de Janeiro

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Na manhã desta terça-feira (28), a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (RJ), com a Polícia Militar e o governo do Rio, concedeu uma entrevista coletiva para detalhar a megaoperação deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, nesta manhã. Ao todo, 2,5 mil agentes de segurança saíram às ruas. Os criminosos contra-atacaram com barricadas, drones, bombas e tiros. Com informações da coluna Mirelle Pinheiro, do Metrópoles.

Até o momento, foram confirmadas 81 prisões e 22 óbitos — destes, 20 são suspeitos de crimes e dois são policiais civis.

O policial civil Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, 51 anos, conhecido entre colegas como Máskara, foi baleado e morto durante a megaoperação. Ele era chefe da 53ª Delegacia de Polícia (Mesquita) e estava entre os 2,5 mil agentes mobilizados na ação, que buscava conter o avanço territorial do Comando Vermelho e prender chefes do tráfico do Rio e de outros estados.

O outro policial civil morto é Rodrigo Velloso Cabral, 34, da 39ª DP (Pavuna).

Durante a entrevista, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, classificou a operação como a maior já realizada no Rio de Janeiro e destacou que a ação foi planejada para ocorrer em áreas de mata, longe das comunidades, priorizando a segurança da população.

As autoridades confirmaram que, em retaliação à megaoperação, traficantes do CV lançaram bombas com drones contra policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil do RJ.

O pronunciamento ocorreu no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, onde as forças de segurança centralizam o monitoramento das ações em tempo real.

Prisão de líder

Enquanto a coletiva de imprensa era realizada, o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, recebeu a informação de que o traficante Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como “Belão do Quintugo”, foi preso durante a operação.

Ele é considerado o braço direito de Edgard Alves de Andrade, o Doca, apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV) na região.

O criminoso é chefe do Morro do Quitungo, também na Penha, e responde por uma série de ações criminosas ligadas ao tráfico de drogas, comércio de armas e confrontos com quadrilhas rivais.

Participaram da coletiva também os secretários da Segurança Pública do Rio, Victor dos Santos, e da Polícia Militar, Marcelo de Menezes.

Operação contenção

A ação foi deflagrada para cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes que atuam no Complexo da Penha. A ação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core/PCERJ) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope/PMERJ).

Ao todo, o Gaeco (MPRJ) denunciou 67 pessoas pelo crime de associação para o tráfico, e três homens também foram denunciados por tortura.

De acordo com o Ministério Público, por estar localizado próximo a vias expressas e ser ponto estratégico para o escoamento de drogas e armamentos, o complexo de favelas se tornou uma das principais bases do projeto expansionista da facção criminosa, especialmente em comunidades da região de Jacarepaguá.

O denunciado Edgar Alves de Andrade, o Doca, é apontado como a principal liderança do Comando Vermelho no Complexo da Penha e em outras comunidades da Zona Oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento — algumas recentemente conquistadas da milícia.

Segundo a denúncia, também exercem liderança na associação criminosa Pedro Paulo Guedes, conhecido como Pedro Bala; Carlos Costa Neves, o Gadernal; e Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão. Eles emitem ordens sobre a comercialização de drogas, determinam as escalas dos criminosos nas “bocas de fumo” e nos pontos de monitoramento, e ordenam execuções de indivíduos que contrariem seus interesses.

Além deles, foram denunciados 15 homens que exercem funções de gerência do tráfico, responsáveis pela contabilidade, abastecimento e outras funções. Os outros denunciados, segundo a ação penal, atuavam como “soldados”, realizando o monitoramento e a segurança armada. A denúncia foi recebida e os mandados foram expedidos pelo Juízo da 42ª Vara Criminal da Capital.

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