O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou a interlocutores, na manhã desta segunda-feira (11), que pretende priorizar a manutenção do emprego no plano de contingência voltado às empresas afetadas diretamente pelo tarifaço de Donald Trump sobre produtos brasileiros.
A noticia é do portal CNN. Segundo fontes do Palácio do Planalto, Lula tem dito aos ministros que já está na hora de divulgar boas notícias aos setores atingidos pela sobretaxa e quer lançar o plano ainda nesta segunda-feira (11).
Detalhes foram entregues ao Planalto pelo Ministério da Fazenda, na última quarta-feira (6), mas o presidente ainda não concordou com todos os detalhes.
No fim da tarde desta segunda, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura, Carlos Fávaro e o vice-presidente Geraldo Alckmin se encontram com Lula para possivelmente bater o martelo nas medidas. O anúncio oficial vai depender dessa reunião.
Lula estaria exigindo garantias de que os setores da economia atendidos pelo plano de contingência vão manter as atuais vagas de emprego.
Os empresários têm pedido um programa nos moldes daquele aplicado durante a pandemia de covid-19, com permissão para redução de jornada de trabalho, corte de salários e possibilidade de férias coletivas. O governo entraria com um pagamento complementar -- na linha do Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm).
Por outro lado, o presidente teria sinalizado temor de que a redução no valor dos salários possa vir a prejudicar o poder de compra da população e, automaticamente, refletir na queda de popularidade do governo federal.
Outros ministros, como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), também têm se posicionado nas discussões internas contra a redução proporcional de salário.