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Política

INSS: quem é apontado como ‘elo fundamental’ entre núcleo da Conafer e cúpula do instituto?

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A Operação Sem Desconto, que apura um esquema bilionário de fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS, colocou no centro do caso o ex-Procurador-Chefe da autarquia, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho.

A noticia é do portal R7. Segundo a Polícia Federal, ele atuou para garantir a continuidade do convênio firmado com a Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), mesmo diante de alertas internos sobre irregularidades, em troca de pagamento de propina.

Após a deflagração da segunda fase da operação, Virgílio e sua esposa, a médica Thaisa Hoffmann, se entregaram à Polícia Federal.

Ambos estavam com mandado judicial em aberto e se apresentaram espontaneamente, acompanhados de advogados. A PF classificou a entrega como “colaboração ao cumprimento das determinações judiciais”.

A decisão judicial descreve Virgílio como peça essencial para o funcionamento do esquema. Ele é identificado nos documentos como “Herói V”, “Amigo V” ou “Procurador”, codinomes usados nas planilhas internas da organização para registrar repasses ilícitos.

As quebras de sigilo bancário revelaram que ele recebeu R$ 6.575.000,12 entre 2022 e 2024, provenientes do núcleo financeiro da Conafer, por meio de empresas de fachada.

Os autos destacam como ponto crítico o despacho de 24 de junho de 2021, quando Virgílio liberou R$ 15,3 milhões em repasses à Conafer, contrariando pareceres técnicos e sem comprovação das autorizações dos beneficiários descontados.

A liberação, segundo a PF, garantiu a continuidade do convênio e reforçou a aparência de legalidade para a operação fraudulenta.

O relatório identifica Virgílio como o principal canal de sustentação jurídica do esquema dentro do INSS, responsável por tomar decisões administrativas que blindaram a organização criminosa e evitaram interrupções no convênio.

As diligências também mostram que as propinas eram dissimuladas por meio de triangulações bancárias e empresas interpostas, em transações planejadas para ocultar a origem ilícita dos recursos.

A perícia digital recuperou conversas entre Virgílio e o operador financeiro.

A Conafer afirmou acompanhar com preocupação a nova fase da Operação Sem Desconto, que resultou em prisões e medidas cautelares contra profissionais ligados à entidade.

A confederação defendeu o princípio da presunção de inocência e disse confiar nas instituições, mas pediu que os direitos dos investigados sejam respeitados.

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