Oferecimento:

Logo 96FM

som+conteúdo

1366x244px.gif

Política

[VIDEO] Alexandre de Moraes e André Mendonça discutem no plenário do STF: "Posso continuar?"

Alexandre de moraes print
TUDO SOBRE assassinado do ex-prefeito.gif

O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser palco de uma discussão áspera entre os ministros Alexandre de Moraes e André Mendonça. Nesta quinta-feira (8), os dois trocaram farpas durante julgamento sobre exigência de inscrição na OAB para advogados públicos.

"É muito perigoso subordinar uma instituição de estado a qualquer outra instituição que tem interesses privados", diz Alexandre de Moraes. "Não há relação de subordinação, nunca houve", interrompeu Mendonça, sendo, em seguida, repelido por Moraes. "Posso continuar? Se permitir, eu continuo", respondeu. 

JULGAMENTO 

O STF suspendeu nesta quinta-feira (8) o julgamento sobre a constitucionalidade da exigência de que advogados públicos estejam inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para poderem exercer a profissão. O ministro Dias Toffoli pediu mais tempo para estudar o caso.

O tema é analisado no Recurso Extraordinário (RE) 609517, em que a OAB contesta uma decisão que permitiu a um membro da Advocacia Geral da União (AGU) atuar sem inscrição na seccional da entidade em Rondônia. No Plenário, a Ordem defendeu que não há diferença entre advocacia pública e privada.

O caso tem repercussão geral reconhecida (Tema 936), o que significa que a tese a ser firmada pelo STF deverá ser seguida por outros tribunais em casos parecidos. Só no Supremo, há 17 processos sobre o mesmo assunto à espera desse julgamento.

Votos

Para o relator, ministro Cristiano Zanin, a lei dos advogados privados é diferente da que vale para a advocacia pública. No caso de advogados e defensores públicos, não é obrigatória a inscrição na OAB, já que a autorização para atuar vem do ingresso por concurso público.

Esse entendimento foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso (presidente do STF), Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Flávio Dino, para quem a OAB tem caráter privado. “É muito perigoso subordinar uma instituição do Estado a qualquer outra que tenha interesses privados”, disse o ministro Alexandre.

Divergiram os ministros Edson Fachin, André Mendonça e Nunes Marques. Fachin defendeu tratamento igual para advogados públicos e privados. Já Nunes Marques ponderou que, sem a exigência de inscrição, tanto a carreira pública quanto a OAB podem sair enfraquecidos.

O ministro Luiz Fux propôs um meio-termo. Lembrou que algumas carreiras jurídicas permitem atuar tanto no setor público quanto no privado. Nesses casos, a inscrição na OAB deve ser obrigatória. Mas, se houver impedimento para advogar na área privada, sugeriu que a obrigação com a Ordem deixe de existir.

Além de Toffoli, falta votar a ministra Cármen Lúcia.

 

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado