O presidente do PT, Edinho Silva, disse nesta terça-feira (9) que a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República não pode ser levada a sério.
A noticia é do portal CNN. Em conversa com jornalistas na sede nacional do partido em Brasília, o dirigente afirmou que não importa quem será o candidato da direita na disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, voltou a criticar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), dizendo que ele se comporta como “herdeiro da ultradireita”.
"Claro que cada candidatura vai exigir de nós uma posição tática, mas acho que é muito cedo. Muita coisa vai acontecer até abril e maio do ano que vem. Até porque ninguém se lança candidato num dia e no outro abre para negociação. Nunca vi isso na minha vida. Tenho quarenta anos de vida política. Diz que é candidato e no outro dia vem aqui para negociar. Então, não dá para levar a sério", disse.
Edinho afirmou ainda que Flávio erra, inclusive, no processo de negociação ao dizer que sua candidatura “tem um preço”.
"Não é que eu não estou levando a sério. Anuncia que é candidato num dia, no outro diz ‘tô aqui negociando’? Inclusive no processo de negociação ele está errando. Ele tinha que endurecer um pouco mais para valorizar a negociação. Deixa para dizer isso lá na frente. Nem quem quer negociar vai levar a sério", disse.
Segundo o dirigente, o PT precisa estar mais preocupado em mostrar as entregas do presidente e comparar o Brasil que foi entregue a Lula após a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
O presidente do PT disse que qualquer candidato do outro espectro político deve vir com 30% dos votos do eleitorado, a não ser que seja uma liderança muito frágil. "Se for uma liderança razoável, vem com mais de 30% dos votos. A sociedade está muito polarizada", observou.
Assim como na recente resolução do diretório nacional do PT, Edinho voltou a criticar o governador de São Paulo, nome preferido do Centrão para disputar com o presidente Lula. O petista afirmou que Tarcísio se comporta como um “herdeiro da ultradireita”.
Edinho acusou Tarcísio de mobilizar os governadores da direita para descaracterizar o PL Antifacção, que teve como relator o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), então secretário de Segurança Pública de São Paulo.