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Metanol usado para adulterar bebidas foi obtido em postos de combustíveis, diz polícia

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A Polícia Civil de São Paulo investiga a origem do metanol utilizado na fabricação de bebidas adulteradas em uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o produto foi adquirido irregularmente em postos de combustíveis e misturado a destilados como vodca e uísque.

O esquema foi descoberto após a morte de duas pessoas por intoxicação, em um bar na Mooca, zona leste da capital. As vítimas — Ricardo Lopes, 54 anos, e Marcos Antônio Jorge Júnior, 46 — consumiram bebidas contaminadas no Bar Torres, que teve as atividades suspensas pela Vigilância Sanitária. A fábrica clandestina, que abastecia distribuidoras, incluindo uma fornecedora do bar, também foi interditada.

A dona da fábrica foi presa em flagrante, e o marido dela é procurado. Em nota, o Bar Torres afirmou colaborar com as investigações e disse que todas as bebidas comercializadas têm nota fiscal e procedência regular. Derrite destacou que, embora a compra de etanol em postos já seja ilegal, há indícios de que os envolvidos não sabiam que o produto estava contaminado com metanol. A polícia agora busca identificar o posto ou rede responsável pela venda irregular.

Até esta quinta-feira (9), o governo estadual registrou 23 casos de intoxicação por metanol em São Paulo, com cinco mortes confirmadas. Segundo Derrite, não há indícios de que o PCC (Primeiro Comando da Capital) esteja diretamente ligado ao esquema de adulteração de bebidas, embora o grupo seja alvo de outra investigação — a Operação Carbono Oculto — por envolvimento em fraudes no setor de combustíveis.

O secretário afirmou ainda que a rede de distribuição contaminada já foi identificada, o que permite concentrar a fiscalização e evitar novos casos. “A investigação já identificou os pontos de contaminação. Isso nos permite tranquilizar a população, porque não há indícios de que o problema esteja disseminado em todo o estado”, disse.

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