Justiça mantém prisão preventiva de Hytalo Santos e marido por exploração sexual infantil

O influenciador Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, tiveram suas prisões preventivas mantidas após audiência de custódia realizada neste sábado (16), por videoconferência, na Comarca de Osasco, São Paulo. O casal está preso desde a última sexta-feira (15), no 1º Departamento Policial (DP) de Carapicuíba, e é investigado por envolvimento em um esquema de exploração sexual infantil e tráfico humano.

A audiência foi conduzida pelo juiz Paulo Ricardo Cursino de Moura. A defesa, representada pelo advogado Ricardo Ueno, solicitou a revogação das prisões, mas o pedido foi negado, uma vez que a competência para análise é do juízo de origem, na Paraíba, onde a investigação teve início. O advogado informou que pretende impetrar um habeas corpus ainda neste sábado.

Segundo informações da Polícia Civil de São Paulo, o casal será transferido para uma penitenciária do estado antes de ser levado de volta à Paraíba, conforme decisão judicial do Tribunal de Justiça paulista.

O caso ganhou repercussão após denúncias envolvendo a produção de conteúdos que sexualizam crianças e adolescentes na internet. As investigações são conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba, e cumprido em São Paulo em uma ação conjunta das autoridades dos dois estados.

Durante a operação, foram apreendidos oito celulares e um veículo de luxo na residência do casal. Outras oito pessoas estavam na mansão no momento da ação, todas maiores de idade. Hytalo e Israel não ofereceram resistência à prisão.

A decisão judicial registrou que todas as formalidades legais foram cumpridas, incluindo o direito de entrevista prévia e reservada com o defensor. O juízo destacou que não foram encontradas irregularidades no cumprimento do mandado e determinou que futuras solicitações de revogação da prisão ou aplicação de medidas cautelares devem ser direcionadas ao juízo de origem.