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Política

Governo usa desgaste do Congresso para pressionar por fim da escala 6×1

Foto: Ricardo Stuckert/PR
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De olho nas eleições de 2026, o Palácio do Planalto deu um novo fôlego à campanha pelo fim da escala de trabalho 6×1, em um momento em que o Congresso está com a imagem desgastada nas redes sociais e vive uma crise na relação com o governo Lula.

A informação é do Metrópoles. Na avaliação de petistas, tornar o tema uma bandeira do governo é uma forma de marcar posição junto ao eleitorado, mesmo sabendo da dificuldade de uma proposta sobre redução da jornada de trabalho avançar no Legislativo.

Uma pesquisa Quaest divulgada em 2 de julho mostra que 70% dos deputados federais são contrários ao fim da escala 6×1, o que mostra que será difícil que qualquer projeto sobre o tema seja despachado pelas presidências da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal no momento.

Nesta semana, o Partido do Trabalhadores (PT) protocolou um projeto de lei (PL) que propõe acabar com a escala de trabalho 6×1 e reduzir a jornada semanal de 44 para 36 horas, sem diminuição salarial, em um sinal de que o governo tem interesse em explorar o assunto.

PT ou Érika Hilton?

Petistas apresentaram um PL sobre o tema porque entendem ser mais fácil um quórum de votos para um Projeto de Lei do que os 308 votos necessários para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). No início do ano, a deputada Érika Hilton (PSol-SP) apresentou uma PEC propondo o fim da escala 6×1. Também existe uma outra proposta semelhante do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).

Até o momento, nenhuma proposta com a intenção de reduzir a jornada de trabalho avançou na Câmara dos Deputados. Os setores que se opõem à ideia dizem que haveria prejuízos para empresários e para a economia com a redução de jornada.

Pesquisa do início do ano mostra apoio da população ao tema

Um levantamento da Nexus Pesquisa e Inteligência mostra que 65% dos brasileiros apoiam o fim da escala de trabalho 6 x 1. Outros 27% são contrários à redução de jornada, 5% não são favoráveis e nem contrários e 3% não souberam opinar. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas presencialmente de 10 a 15 de janeiro e tem grau de confiança de 95%.

O apoio à proposta de acabar com a escala de seis dias de trabalho para um de folga é de 66% entre quem está inserido no mercado de trabalho, seja de maneira informal ou formal. A aprovação sobe para 73% entre os desempregados e 76% entre os jovens de 16 a 24 anos. Já para o grupo que abrange os aposentados, pensionistas, estudantes e donos de casa, o apoio cai para 61%.

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