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Política

Exército acertou detalhes da prisão de generais com Moraes e PF

General Heleno e Paulo Sérgio Nogueira

Os detalhes da prisão dos generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, condenados por tentativa de golpe de Estado, foram acertados pela cúpula do Exército com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e com a PF (Polícia Federal) na semana passada. A informação é da CNN Brasil.

O objetivo era evitar a exposição dos militares.

Graças a esse acerto, os ex-ministros do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e da Defesa do governo Jair Bolsonaro não foram presos por policiais federais. Os dois foram abordados em casa, em Brasília, por militares e acompanhados por generais quatro estrelas na tarde desta terça-feira (25).

A abordagem foi feita pelos generais Francisco Humberto Montenegro Júnior, chefe do Estado-Maior do Exército, e Luiz Fernando Estorilho Baganha, chefe do Departamento Geral de Pessoal. Eles ficaram responsáveis pela custódia dos dois ex-ministros.

Augusto Heleno, de 78 anos, e Paulo Sérgio Nogueira, de 70 anos, também não foram levados para o IML (Instituto Médico Legal) para fazer o corpo de delito. O exame está sendo realizado no próprio CMP (Comando Militar do Planalto), acompanhado por policiais federais.

Os ex-ministros ficarão presos em uma sala de Estado-Maior da unidade militar, em Brasília. Os locais têm uma cama de solteiro, um frigobar, uma escrivaninha e acesso à TV aberta.

Como mostrou a CNN Brasil, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, discutiram a prisão dos generais com Alexandre de Moraes no dia 18. Na ocasião, reiteraram o pedido de tratamento digno aos generais.

Augusto Heleno foi condenado a 21 anos de pena privativa de liberdade em regime inicial fechado e a 84 dias-multa, cada um no valor de um salário mínimo à época dos fatos.

Paulo Sérgio Nogueira foi condenado a 19 anos de pena privativa de liberdade em regime inicial fechado e a 84 dias-multa.

Outro condenado pela trama golpista no núcleo central, o general Walter Braga Netto, permanecerá na mesma sala do Comando da 1ª Divisão de Exército do Rio de Janeiro, onde está em prisão preventiva desde dezembro de 2024. O ex-ministro da Casa Civil foi condenado a 26 anos de reclusão.

Todos os generais foram condenados pela Primeira Turma do STF em setembro deste ano. Eles integram o chamado núcleo crucial do plano de golpe, do qual faz parte o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão.

Nesta terça-feira (25), o processo transitou em julgado e a pena foi executada. Todos os condenados passam por audiência de custódia nesta quarta-feira (26).

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