O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) protocolou nesta segunda-feira, 30, uma representação no Ministério Público Federal (MPF) para que seja apurado o suposto uso indevido de aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) pela primeira-dama, Janja Lula da Silva (foto, ao fundo). A notícia é do O Antagonista.
Como registramos, Janja embarcou em um voo da FAB com destino a São Paulo para realizar uma consulta ginecológica em 13 de junho. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles. Segundo Kataguiri, a viagem teve caráter pessoal e não atende a interesses públicos, uma vez que a primeira-dama não ocupa cargo oficial.
Para o parlamentar, o uso da aeronave fere os princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade da administração pública, podendo configurar ato de improbidade administrativa.
Na representação, Kataguiri pede a abertura de investigação e a apuração sobre os custos da viagem e a responsabilização dos envolvidos.
O voo de Janja de FAB para a sua consulta com o ginecologista
Como registramos, a assessoria de Janja confirmou que ela viajou para compromissos médicos em São Paulo e que embarcou “de carona com os ministros”. O voo teria sido solicitado previamente pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
“Janja tinha uma consulta na ginecologista e viajou de carona com os ministros, em um avião da FAB que já estava solicitado pelo ministro Lewandowski. Não tendo, então, custos adicionais para a União”, informou a assessoria ao Metrópoles.
Nesta segunda, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, foi às redes sociais criticar novamente a postura da primeira-dama.
“Já pagou seus impostos hoje?”, publicou Sóstenes ao compartilhar a informação sobre a primeira-dama.
Na semana passada, Janja e a Advocacia-Geral da União (AGU) pediram o arquivamento de uma ação que buscava impedir o uso de aeronaves da FAB em viagens sem vínculo oficial.
“Não há informações públicas que indiquem que a primeira-dama tivesse agenda oficial relevante ou compromisso institucional em São Paulo. O uso da FAB, nesses termos, configura desvio de finalidade administrativa”, afirmou Kataguiri.