Lideranças bolsonaristas viram a insatisfação de Davi Alcolumbre (União-AP) com a indicação de Jorge Messias ao STF como uma oportunidade para ressuscitar a PEC que muda nomeações para a Corte. A informação é da coluna do Igor Gadelha, no Metrópoles.
O tema foi discutido por deputados do PL durante uma conversa na segunda-feira (24), na sede do partido, após a reunião em que lideranças da legenda discutiram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A ideia dos bolsonaristas seria aproveitar uma PEC apresentada pelo ex-deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR) em 2011 e que chegou a ser aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 2015.
A proposta divide as indicações ao STF entre seis instituições. Três indicações seriam do STJ; duas da OAB; duas da Procuradoria-Geral da República (PGR); duas da Presidência da República; uma da Câmara; e uma do Senado.
A PEC também traz algumas regras novas para as indicações. Por exemplo, o presidente não poderia indicar ao STF um ministro de Estado — o que, se estivesse valendo, inviabilizaria a indicação de Messias por Lula.
Os ministros ainda teriam uma quarentena de três anos entre deixar um cargo ligado ao Executivo e assumir como ministro do STF — o que barraria, por exemplo, indicações como a de Flávio Dino, que era ministro da Justiça.
Atualmente, o Supremo tem 11 ministros. Todos eles são indicados exclusivamente pelo presidente da República, cabendo ao Senado sabatinar o escolhido e votar se aprova ou rejeita a indicação.