O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), mirou no que viu e acertou o que não viu ao criticar as famosas "línguas negras" que estão sendo registradas nas praias da zona Leste da capital. Isso porque o ex-prefeito mirou suas críticas a Companhia de Abastecimento de Águas e Esgostos (Caern), mas que acabou chamando para si a responsabilidade de situação foi a Secretaria Municipal de Meio-Ambiente e Urbanismo (Semurb).
Por meio de manifestação enviada à imprensa, a Semurb afirmou que vai iniciar no próximo mês de junho uma operação com o apoio do Conselho Comunitário do bairro de Mãe Luíza para sensibilizar os moradores sobre a necessidade de ligar suas unidades à rede regular de água e esgoto. O objetivo é reduzir a ligação e despejo de água servida para a via pública e o sistema de drenagem, que estaria provocando as línguas negras.
O Conselho Comunitário do bairro já iniciou a divulgação junto à comunidade e será feita uma força tarefa para notificar 100% dos imóveis que estão lançando água servida para a via pública. O trabalho será feito em duas fases: a primeira abrangerá a bacia das Ruas Atalaia, Guanabara e Camaragibe, cuja descarga de drenagem deságua na praia de Areia Preta; a segunda será na bacia da Avenida João XXIII que tem descarga de drenagem na Via Costeira.
Ao ser identificada a necessidade de novas ligações ao sistema de coleta de esgoto, a Semurb notificará o responsável pelo imóvel para requisitar a respectiva ligação junto à Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Caern), bem como informará a concessionária a respeito de efetuar essas novas conexões. Essa operação será inédita em sua dimensão. Além disso, Prefeitura do Natal fará uma campanha de divulgação acerca das providências que estão sendo adotadas para evitar a chegada de águas servidas nas praias do município.
CRITICA DO ANTIGO ALIADO
No fim de semana, o ex-prefeito de Natal voltou a aparecer nas redes sociais ao criticar a Caern, gerida pelo governo da sua mais recente aliada, Fátima Bezerra (PT), pelo problema das línguas negras. Contudo, a responsabilidade pela situação é da Prefeitura, que também é gerida por um ex-aliado dele, Álvaro Dias.