Presidiários cobravam até R$ 20 mil para não vazar fotos íntimas

02 de Maio 2024 - 15h34

A quadrilha especializada em extorsão virtual liderada por presidiários tinha como alvo homens de alto poder aquisitivo do Distrito Federal. O grupo executava um esquema por meio de plataformas de relacionamento on-line e obrigava as vítimas a pagarem até R$ 20 mil.

Após estabelecerem contato e ganharem a confiança dos homens, os criminosos os convenciam a enviar fotografias íntimas. Em posse das imagens, iniciavam a extorsão, com ameaças de divulgar o conteúdo sensível caso não recebessem o pagamento.

As ações policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) para desarticular a facção começaram no domingo (28/4) e terminaram na quarta-feira (1º/5). Durante a Operação Vindima, os agentes cumpriram sete mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão.

As diligências ocorreram predominantemente na região de Bento Gonçalves (RS), com apoio da Polícia Civil local (PCRS).

Os líderes da organização criminosa coordenavam as extorsões de dentro de presídios, segundo as investigações, “demonstrando alto grau de organização e abuso das facilidades de comunicação dentro do sistema carcerário”.

“Identificou-se, até o momento, um total de cinco vítimas diretamente afetadas no Distrito Federal, embora se estime que o número possa ser maior, dada a natureza expansiva das plataformas usadas para os crimes”, informou a DRCC.

A Operação Vindima “foi extremamente exitosa”, segundo a delegacia, com a prisão de todos os integrantes da associação criminosa, três dos quais cumpriam pena por tráfico de drogas e um quarto era monitorado por tornozeleira eletrônica.

METRÓPOLES

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