‘Empresas não vão embora’, diz ministro sobre regulamentação dos motoristas de aplicativo

25 de Abril 2024 - 16h57

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, voltou a culpar as fake news pela reação ao projeto de lei que regulamenta a atividade dos motoristas de aplicativo e afirmou que as empresas e operadoras de aplicativo não sairão do Brasil devido à aprovação da lei. A matéria tem sofrido resistência de entidades representantes dos motoristas de aplicativos.

“Ninguém [nenhuma plataforma] vai embora, o mercado número um da Uber está aqui no Brasil. O que precisamos [fazer] é enquadrar todas as plataformas em uma regulamentação que respeite os profissionais motoristas. Esse é o objetivo do projeto”, afirmou, durante reunião da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (25).

Para o ministro, a narrativa criada em torno do projeto de lei é “mentirosa”, já que a proposta visa garantir autonomia e direitos, especialmente no âmbito previdenciário, aos motoristas de aplicativo. “Vamos [negociar] o conteúdo do projeto, não [baseado] nas fake news, não nas narrativas mentirosas e nas narrativas que estão destruindo o conteúdo. Se a gente for ao conteúdo, vamos ajustar o projeto no que for melhor para todo mundo”, afirmou.

Além disso, o ministro enfatizou que o governo não irá apoiar a inclusão de motoristas de aplicativos como MEI (microempreendedores individuais). Na época em que a proposta foi apresentada, a Fembrapp (Federação Brasileira de Motoristas de Aplicativos) defendeu a ideia sob o argumento de que isso diminuiria a burocracia e simplificaria a cobrança.

“Esquece, se depender do governo [a inclusão dos motoristas de aplicativo no MEI], não rola porque não tem sustentabilidade e o empregador não contribui. O empregador tem que contribuir”, completou.

O projeto de lei em discussão na Câmara dos Deputados foi enviado pelo governo no início de março. Um dos principais pontos da proposta tem a ver com a sugestão de um valor mínimo por hora rodada e criação de uma contribuição previdenciária obrigatória, que vai ser deduzida na fonte e recolhida pelas empresas.

Os motoristas de aplicativo tem criticado a sugestão de remuneração por hora, ao valor de R$ 32,10. Outro ponto sensível no projeto de lei tem a ver com a contribuição previdenciária. O projeto estabelece uma contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com alíquota de 27,5%, sendo 20% recolhidos pela plataforma e 7,5% pelo trabalhador.

R7

 

 

 

 

 

 

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