Potiguar lidera grupo de voluntários para limpar casas atingidas por enchentes no RS

08 de Maio 2024 - 12h20

Um corretor de imóveis potiguar integra, ao lado de outros cerca de 250 nordestinos, uma equipe de voluntários que tem recuperado e limpado casas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul nos últimos dias.

Victor Fernandes Dantas mora na cidade de Gramado desde 2022, mas, ao lado dos demais voluntários, tem descido a serra todos os dias para regiões mais afetadas, em especial as cidades de Três Coroas e Igrejinha. A viagem dura cerca de 40 minutos para os municípios.

Segundo Victor, muitas das residências foram invadidas pelas enchentes e ficaram cheias de lamas.

Como o nível de água baixou nessas localidades nos últimos dias - após as chuvas e a cheia do rio Paranhana -, o grupo tem conseguido entrar em casas, hotéis e outros estabelecimentos para limpar e reorganizar os imóveis.

"Como a gente não foi tão afetado [em Gramado], a gente está ajudando as cidades em que a situação ficou mais complicada", contou o corretor de imóveis potiguar.

Ele explicou que o grupo limpou nesta semana um hotel em que 35 crianças estavam abrigadas. O grupo foi montado em cerca de 2 horas e contou com o apoio das populações locais, que também têm ajudado no serviço.

Victor contou ainda que o grupo está juntando dinheiro para comprar alimentos e itens de higiene e de limpeza para entregar às famílias isoladas. Além disso, eles têm trabalhado para conseguir ração e águ a para cães e gatos de rua.

A motivação para uma arrecadação própria, segundo o corretor, é a demora para que os mantimentos cheguem através de outras ações vindas de outros estados do Brasil.

"Com essa contribuição, a gente faz as compras e já faz a distribuição direto pro pessoal. Porque não está chegando mantimentos. Está vindo ajuda de todo canto, mas a logística é muito complicada para chegar as coisas, muitas estradas caíram", contou.

"Como a gente está próximo, a gente consegue comprar as coisas e fazer isso mais rápido pra população. Se fosse esperar chegar, o pessoal ia morrer de fome", reforçou. As informações são do G1.

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