Considerações sobre o triunfo do ABC no duelo contra o Forcinha

17 de Janeiro 2024 - 22h35

Wallyson não comemorou (foto)

Eu entendo bem a reação do Mago Wallyson que quase não comemorou seu gol. A ingratidão de boa parte da torcida que, parece, já esqueceu tudo que ele fez pelo clube e começa a pegar no seu pé. Querem que ele seja o mesmo jogador de dez anos atrás? Impossível. Wallyson hoje ainda é um atacante precioso para o alvinegro, mas é preciso que continue recebendo apoio da torcida, dos companheiros ele tem, basta vez a alegria na comemoração. A ingratidão machuca, incomoda, e tenho certeza que está tirando um pouco da confiança do craque. Sou crítico, aponto quando ele não joga bem, mas tenho certeza que ele ainda tem muita coisa boa para oferecer ao ABC.

O time tem alma

Não é para empolgar. O Forcinha não foi páreo. Mas comecei a observar coisas positivas neste time do ABC desde o segundo tempo da partida contra o Iguatu. O grupo de Rafael Lacerda pode até não ser um primor de técnica, mas tem alma. Os caras querem, correm, se dedicam, lutam muito para evitar que o adversário jogue. E isso, de novo, foi decisivo no segundo tempo. Sim, no primeiro, depois de um comecinho apático, o time já tinha tomado conta e merecido mais de um gol.

Os meninos pedem passagem

E tem mais. Se o Rafael Lacerda continuar dando moral para esses meninos - Randerson, Osiel, Mike (mais tímido) que se juntam ao Léo Guerra, aos Amaral e Samuel, podem ter certeza que essa liga vai longe, ainda mais se Diego Jardel, Wallyson e Ruan continuarem jogando bem como estão. Surpreendentemente, o único jogador que deixou, um pouco, a desejar hoje foi o Daniel Cruz. Vai Lacerda, conversa com ele, reposiciona, coloca ele de lado de campo, não perde esse potencial atacante.

Três canhotos rendendo

Viu como podem, tranquilamente, um time atuar com três canhotos no meio-campo? Deixe-os livres para rodar, mas comprometido em marcar, e hoje foi assim, no segundo quesito, Samuel e Amaral foram perfeitos e Diego Jardel muito bem na criação mais aproximada dos atacantes, sem impedir que o Amaral, por exemplo, passasse até mais que o Samuel. inclusive o Amaral merecia gol. Ele deu vários chutes no gol e participou ativamente no ataque e na marcação.

A defesa não foi testada, mas o alas foram bem

E a defesa do ABC. Não vale falar. Não foi teste. O Força e Luz não pisou lá. Wellington nem pegou na bola. Mas gostei das subidas dos zagueiros, de novo uma boa atuação do Romário, confiante, atacante, e também o Ferraz, que marcou sua atuação com um belíssimo passe de calcanhar para o gol que abriu o plcar, de Wallyson. Uma vitória de muitos gols não deve cegar para os erros cometidos - gols perdidos, principalmente -, mas serve sim para jogadores reconquistar a confiança, os atletas e todo o time.


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