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Política

[VIDEO OPINIÃO] Quem já conseguiu e quem ainda espera barrar ‘casos Odebrecht’ no STF

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TUDO SOBRE assassinado do ex-prefeito.gif

A “delação do fim do mundo”, que mostrou ao Brasil um retrato da corrupção no país por meio dos relatos de 78 executivos da Odebrecht, tem visto seus principais frutos murcharem na Justiça, mais especificamente no Supremo Tribunal Federal (STF). Reportagem da revista Veja apontou que o ministro em fase de aposentadoria Ricardo Lewandowski tem saído uma sucessão de decisões para suspender ou encerrar ações penais e investigar contra diversos políticos, aberta a partir de provas tentadas pela Odebrecht em seu acordo de leniência com a Lava Jato – espécie de “delação premiada de empresas”. 

Nos últimos dez meses, Lewandowski suspendeu dez processos e determinou o trancamento de outros cinco. Nesta semana, o Jornal das 6 já havia abordado que políticos da base do Governo Lula tentavam anular os acordos firmados na operação Lava Jato, alegando que os empresários assinaram esses termos para confessar crimes e devolver dinheiro, fizeram isso sob forte pressão do Ministério Público. Assista abaixo: 

O principal beneficiário foi o presidente Lula, cuja defesa moveu no STF uma ação em que o ministro foi colocado abaixo dos processos. Em agosto de 2020, Cristiano Zanin, advogado do petista, acionou o STF insistindo no acesso ao acordo de leniência da Odebrecht, que baseava o processo da Lava Jato contra Lula no caso da compra, pela empreiteira, de um imóvel para abrigar o Instituto Lula. Segundo Zanin, a Justiça vem descumprindo uma decisão anterior do STF, que lhe concederá acesso ao acordo.

Após esse novo pedido, Lewandowski deu ao advogado acesso às mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato e passaram por um hacker. Diante de chats que indicavam cooperação ilegal entre a força-tarefa de Curitiba e autoridades estrangeiras nas tratativas do acordo da Odebrecht e o trânsito irregular do material, que chegou a ser carregado em sacolas de supermercado pelos procuradores, Ricardo Lewandowski determinou que as provas não poderiam ser usado contra Lula no processo da sede do Instituto Lula.

Tomada em junho de 2021, a decisão afetou, sobretudo, os sistemas Drousys e MyWebDay B , que geriam o “departamento de operações estruturadas” da Odebrecht, responsáveis ​​pelos pagamentos de propina da empreiteira. Com planilhas de valores atribuídos a codinomes de políticos e senhas para retirada do dinheiro, estes sistemas eram a “caixa-preta” da corrupção odebrechtiana, mas acabaram invalidados. Em fevereiro de 2022, a Segunda Turma do Supremo confirmou a decisão de Lewandowski.

A partir da anulação das provas contra Lula, que depois levou ao encerramento de três processos contra ele, levou a aportar no processo pedidos a Lewandowski para estender a decisão, de modo a suspender ou enterrar ações penais envolvendo material da Odebrecht. O primeiro beneficiário pelo ministro foi o empresário Walter Faria, dono da Cervejaria Petrópolis, que, segundo a Lava Jato, mantinha um esquema de lavagem de dinheiro junto à Odebrecht. Em setembro de 2021, Lewandowski determinou a suspensão de duas ações penais contra Faria, na Justiça Federal de São Paulo e no Paraná.

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