A torcida organizada Explosão Inferno Coral, do Santa Cruz Futebol Clube, anunciou oficialmente nesta terça-feira (10) o rompimento da aliança que mantinha com a Torcida Máfia Vermelha. A decisão foi comunicada por meio de nota, em que a diretoria da organizada justificou o fim da união citando episódios recentes e também conflitos antigos.
Segundo o comunicado, o estopim para o rompimento foi o episódio ocorrido no último domingo (7), na Arena das Dunas, em Natal, quando, segundo a organizada, torcedores do Santa Cruz foram atacados por integrantes do movimento “Bora Mecão”. A Explosão Inferno Coral afirmou que a agressão atingiu não apenas indivíduos isolados, mas simbolicamente toda a entidade, já que considera sua missão a proteção de qualquer tricolor que vista a camisa do clube.
Outro fator apontado foi a volta de um antigo integrante da Máfia Vermelha, identificado na nota como “Lalau”. O grupo afirmou que, anos atrás, ele teria roubado uma bandeira rival de dentro da sede da Explosão, o que motivou sua expulsão à época. O retorno desse personagem ao convívio da torcida adversária, agora com pretensões de liderança, foi considerado um sinal de que antigas divergências nunca foram superadas.
Apesar do rompimento, a Explosão Inferno Coral reconheceu que muitos laços de amizade foram criados ao longo da aliança, especialmente entre torcedores em bairros e grupos de rua. A organizada também pediu respeito à história construída, mas reforçou que o futuro de sua atuação será independente, com foco exclusivo em proteger a torcida do Santa Cruz, “sem amarras e sem alianças que fragilizem a essência” do movimento.