A campanha do presidente Jair Bolsonaro pretende acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra uma propaganda veiculada na TV pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que associa o atual presidente ao canibalismo. O argumento é que uma declaração do presidente sobre o assunto foi tirada de contexto.
O vídeo veiculado na manhã desta sexta-feira mostra uma entrevista antiga em que Bolsonaro afirma que comeria "índio sem problema nenhum". A entrevista foi concedida pelo atual presidente em 2016 ao jornal americano New York Times.
No vídeo completo, publicado no canal oficial de Bolsonaro no Facebook, o presidente diz que no ritual, a tribo cozinha o indígena após a sua morte e que não foi ao local porque ninguém da comitiva quis o acompanhar.
À Agência Pública, Júnior Hekurari, presidente do Condisi (Conselho do Distrito Sanitário Indígena) Yanomami, negou que o povo indígena Yanomami do Surucucu realize rituais com canibalismos.
Em uma rede social, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse que o "desespero e baixaria" ia bater só na última semana da campanha.
"Canibalismo, Lula? Foi isso que sobrou pra vocês? Já que "genocida" não colou, o presidente Bolsonaro é canibal? Eu pensei que iam bater o desperto e a baixaria no horário eleitoral na última semana. Me enganei. Lula, vergonha alheia!"
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