Nesta sexta-feira (16), a Argentina suspendeu a importação de produtos e subitens de aves do Brasil por conta da confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no estado do Rio Grande do Sul. A informação é da CNN Brasil.
China e União Europeia também tomaram a mesma atitude.
As decisões de suspensão da importação de frango brasileiro ocorrem por conta do primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no município gaúcho de Montenegro.
Por precaução, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), da Argentina, suspendeu a importação de frango brasileiro, exigindo comprovação de que o país está livre da gripe aviária.
“Após a confirmação das autoridades brasileiras, a Senasa solicitou ao setor produtivo o reforço das medidas de biossegurança em seus estabelecimentos”, afirmou a agência em comunicado, acrescentando que as medidas permanecerão em vigor até que o Brasil seja certificado como livre da gripe aviária.
Mais cedo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a União Europeia também paralisou a importação de carne de frango produzida no Brasil.
Neste caso, passa a valer a autossuspensão, estabelecida em acordo entre as duas partes.
Em 2024, o Brasil exportou 229,984 mil toneladas de carne de frango para os 27 países da União Europeia, com embarques somando US$ 655,320 milhões.
“Desde o primeiro foco de gripe aviária em aves silvestres, há dois anos, intensificamos a revisão do protocolo com diversos países. Com alguns países, ainda não foi concluído. É possível que consigamos essas mudanças, comprovando que outras regiões não têm risco de foco e, com isso, a liberação dos embarques das demais regiões”, afirmou o ministro em entrevista ao Broadcast Agro.
A China também suspendeu a compra de carne de frango brasileira por até 60 dias.
Fávaro explicou que o governo brasileiro já vinha em tratativas com o órgão sanitário chinês (GSQP) para a revisão do protocolo de importação.
“A gente, conseguindo eliminar todo o foco, rastrear todos os animais e a produção desses animais oriundos do foco, acha que é possível, com muita transparência, com muita eficiência, estabelecer um fluxo normal, inclusive com a China, antes dos 60 dias”, disse Fávaro em entrevista à CNN.