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Segurança

“QG do CV” distribui 10 toneladas de drogas por mês, diz Polícia Civil

Entrevista Policia civil RJ | Reprodução: TV Globo

Os complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, foram apontados pela Polícia Civil como o principal centro de decisões do Comando Vermelho (CV) em todo o país. A informação é do O Antagonista.

Segundo Felipe Curi, secretário da Polícia Civil, as comunidades, antes vistas apenas como redutos da facção no estado, passaram a concentrar a coordenação nacional das atividades criminosas.

Curi afirmou nesta sexta-feira, 31, que os traficantes da região são responsáveis pela distribuição de cerca de dez toneladas de drogas por mês para outras áreas dominadas pelo CV no Rio. Segundo o secretário, entre 50 e 70 fuzis seriam repassados mensalmente a comparsas de outras comunidades. 

“Os complexos da Penha e do Alemão se tornaram centros de distribuição de armas e drogas para outros complexos do Rio de Janeiro, como o do Salgueiro, Jacarezinho, Maré, Manguinhos e Mandela”, disse.

Treinamento de criminosos

Segundo o secretário, as comunidades também servem como campo de treinamento para criminosos de outros estados. 

“São nos complexos da Penha e do Alemão que são feitos treinamentos de tiro, tática de guerrilha e manuseio de armamento desses marginais que vêm de fora do estado para serem ‘formados’ aqui e retornarem aos seus estados de origem”, disse Curi. 

Ele citou a expansão do CV para regiões como Bahia, Ceará, Pará, Mato Grosso e Amazonas.

Durante a operação de terça-feira, a polícia identificou que entre os 117 suspeitos mortos, 54 eram de fora do Rio. A lista inclui chefes do tráfico de diferentes estados, como Bahia, Pará, Amazonas, Goiás e Espírito Santo. 

Segundo a Secretaria de Polícia Civil, 109 dos mortos já foram identificados, e 78 tinham antecedentes criminais.

O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como o maior chefe do Comando Vermelho em liberdade, conseguiu escapar do cerco policial. 

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, ele usou “soldados” do tráfico para abrir passagem. O Disque Denúncia oferece R$ 100 mil por informações sobre seu paradeiro.

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