“Boa noite, Cinderela”: casal golpista preso no RJ ostentava na web

O casal de golpistas do “Boa noite, Cinderela” preso pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) em Araruama (RJ) costumava ostentar dinheiro ilícito nas redes sociais. Com informações do Metrópoles.

Na internet, Matheus Cantalice Ribeiro Pereira, de 22 anos, e Maria Luiza Machado Velho da Silva, de 21, exibiam fotos em viagens e festas.

Aparentemente um casal normal, eles costumavam publicar registros do dia a dia. No entanto, o dinheiro que financiava a rotina de luxo era oriundo do crime. Investigações da PCERJ apontam que Matheus atraía as vítimas por meio de aplicativos de relacionamento, para aplicar os golpes, e que Maria Luiza era a responsável por gastar o dinheiro.

De acordo com a polícia, após os crimes, Matheus e Maria Luiza costumavam viajar. Em uma ocasião, eles foram para Angra dos Reis, na Costa Verde, onde se hospedaram em um hotel e gastaram o dinheiro com bebidas e festas.

Segundo os investigadores, a dupla integrava uma quadrilha liderada por Cláudio Rafael Silva de Queiroz de Pontes. O chefe do grupo criminoso foi preso dias antes, na mesma região.

Modus operandi

Para roubar o dinheiro, o casal abordava as vítimas por meio de aplicativos de relacionamento, marcava encontros e, no local, oferecia bebidas adulteradas.

Após ficarem inconscientes, as vítimas tinham o dinheiro e objetos de valor levados pelo casal.

Em um dos casos, ocorrido em 10 de agosto de 2024, um turista de Recife, hospedado em um hotel na Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul do Rio, perdeu os sentidos após beber com um dos suspeitos.

Ao acordar, percebeu que o celular havia sido levado e que transações bancárias de mais de R$ 60 mil haviam sido realizadas.

Em outro crime, ocorrido em junho deste ano, um turista italiano conheceu o casal e desmaiou após tomar duas caipirinhas. Ele teve 19 mil euros — cerca de R$ 117 mil — roubados. Objetos pessoais também foram levados pelos criminosos.

Os dois tinham mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça do RJ por roubo qualificado, cometido em coautoria.